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História
As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram
desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses
João de Santarém e Pedro Escobar as descobriram.
A cana-de-açúcar é introduzida nas
ilhas no século XV, mas a concorrência brasileira
e as constantes rebeliões locais levaram a cultura
agrícola ao declínio no século XVI.
Assim sendo, a decadência açucareira tornou
as ilhas entrepostos de escravos.
Numa das várias revoltas internas nas ilhas, um
escravo chamado Amador, considerado herói nacional,
controlou cerca de dois terços da ilha de São
Tomé. A agricultura só é estimulada
no arquipélago no século XIX, com o cultivo
de cacau e café.
Durante estes dois séculos do Ciclo do Cacau,
criaram-se estruturas administrativas complexas. Elas
compunham-se de vários serviços públicos,
tendo a sua frente um chefe de serviço.
As decisões tomadas por este, tinham de ser sancionadas
pelo Governador da Colónia, que para legislar,
se servia de um Conselho de Governo e de uma
Assembleia Legislativa.
Durante muito tempo o Governador foi o comandante-chefe
das forças armadas, até que com a luta armada
nos outros territórios sob o seu domínio,
se criou um Comando Independente. Fora da sua
alçada encontrava-se a DGS.
O Governador deslocava-se periodicamente a Lisboa, para
informar o governo colonial e dele trazer instruções.
Na Ilha do Príncipe, em representação
do Governo havia o Administrador do Concelho com largas
atribuições. A colónia achava-se
dividida em dois concelhos, o de São Tomé
e o do Príncipe, e em várias freguesias.
Em 1960, surge um grupo nacionalista opositor ao domínio
português. Em 1972, o grupo dá origem ao
MLSTP (Movimento de Libertação de São
Tomé e Príncipe), de orientação
marxista. Assim, em 1975, após cerca de 500 anos
de controlo de Portugal, o arquipélago é
descolonizado.
Após a independência, foi implantado um regime
socialista de partido único sob a alçada
do MLSTP. Dez anos após a independência (1985),
inicia-se a abertura económica do país.
Em 1990, adota-se uma nova constituição,
que institui o pluripartidarismo.
No ano seguinte, as eleições legislativas
apresentam o PCD-GR (Partido de Convergência Democrática
- Grupo de Reflexão) como grande vencedor, ao conquistar
a maioria das cadeiras. A eleição para presidente
contou com a participação de Miguel Trovoada,
ex-primeiro ministro do país que estava exilado
desde 1978. Sem adversários, Trovoada foi eleito
para o cargo. Em 1995, é instituído um governo
local na ilha do Príncipe, com a participação
de cinco membros. Nas eleições parlamentares
de 1998, o MLSTP incorpora no seu nome PSD (Partido Social
Democrata) e conquista a maioria no Parlamento, o que
tornou possível ao partido indicar o primeiro-ministro.
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